Você já notou como uma inteligência artificial às vezes entende perfeitamente o que você deseja, enquanto em outras ocasiões parece completamente perdida? A diferença geralmente está na maneira como formulamos nossas solicitações. Este é o mundo fascinante do prompt engineering – a arte de se comunicar efetivamente com modelos de linguagem de grande porte (LLMs) para obter exatamente o que precisamos.
Com o avanço das ferramentas de IA como GitHub Copilot, ChatGPT, Claude e Gemini, dominar essa habilidade tornou-se essencial para profissionais de tecnologia e entusiastas. Neste artigo, vamos explorar os fundamentos dos LLMs e compartilhar técnicas práticas para criar prompts eficazes que aumentarão significativamente sua produtividade.
Antes de mergulharmos no prompt engineering, precisamos compreender o que são os LLMs e como eles funcionam. Modelos de linguagem de grande porte são sistemas de IA treinados com enormes quantidades de dados textuais para compreender e gerar linguagem semelhante à humana.
Eles funcionam prevendo a próxima palavra em uma frase com base no contexto das palavras anteriores, tornando suas respostas relevantes e coerentes. Pense neles como um “autocompletar” extremamente inteligente que consegue manter o contexto por longos trechos de texto.
Para interagir eficientemente com LLMs, é essencial entender três conceitos-chave:
Um prompt é essencialmente uma instrução ou consulta que você fornece a um LLM. É através do prompt que você comunica o que deseja que o modelo faça. Um bom prompt fornece contexto adequado através de tokens e trabalha considerando as limitações potenciais do modelo.
Por exemplo, se você solicitar “escreva uma função JavaScript para calcular o fatorial de um número”, o LLM utilizará seu treinamento para criar uma função que realize essa tarefa. No entanto, dependendo de como o modelo foi treinado, ele pode interpretar seu prompt de maneiras diferentes e gerar códigos distintos.
É por isso que você pode observar resultados variados ao utilizar diferentes modelos como GPT da OpenAI, Claude da Anthropic ou Gemini do Google – cada um foi treinado de forma única e, consequentemente, interpreta e responde de maneira distinta.
Prompt engineering nada mais é do que a habilidade de criar instruções claras e eficazes para LLMs. Assim como instruções precisas ajudam um amigo a completar uma tarefa exatamente como você deseja, um prompt bem elaborado auxilia um LLM a compreender e entregar o que você está buscando.
Um prompt eficiente possui várias características importantes:
Imagine que você está utilizando o GitHub Copilot e solicita: “Escreva uma função que eleve ao quadrado números em uma lista.” À primeira vista, essa frase parece adequada, mas contém diversas ambiguidades:
Um prompt refinado seria: “Escreva uma função em Python que receba uma lista de inteiros e retorne uma nova lista onde cada número está elevado ao quadrado, excluindo quaisquer números negativos.”
Percebe a diferença? Este prompt esclarece a linguagem desejada, o que a função deve fazer, quais são as restrições e o tipo de entrada esperado. Ao fornecer mais contexto ao GitHub Copilot, a saída será muito mais relevante para suas necessidades específicas.
Mesmo com prompts bem elaborados, às vezes não obtemos os resultados esperados. Vamos analisar alguns problemas comuns e como resolvê-los:
Frequentemente misturamos múltiplas solicitações ou não somos claros o suficiente, o que pode levar a resultados confusos. Por exemplo, ao destacar algo no VS Code e dizer “corrija os erros neste código e otimize-o”, não fica claro se a IA deve corrigir os erros primeiro ou otimizar, nem o que exatamente deve ser otimizado (velocidade, memória, legibilidade?).
A solução é fragmentar suas solicitações no prompt:
Desenvolver um prompt iterativamente aumenta a probabilidade de obter o resultado final desejado, pois cada etapa é cuidadosamente elaborada.
Lembrando que tokens são unidades de palavras ou palavras parciais que um modelo pode processar, existe um limite para quantos tokens um determinado modelo pode gerenciar simultaneamente. Se seu prompt for muito extenso ou a saída esperada for muito extensa, o LLM pode começar a “alucinar”, cortar-se e fornecer apenas uma resposta parcial, ou falhar completamente.
Mantenha seus prompts concisos e, similar ao ponto anterior, itere em partes menores. Pergunte-se: o LLM realmente precisa de todo o seu arquivo de código para trabalhar, ou pode usar apenas algumas linhas de um determinado trecho? Em vez de pedir para gerar um aplicativo inteiro, considere solicitar a criação de cada componente passo a passo.
Frequentemente presumimos que o LLM sabe mais do que realmente sabe. Se você disser “Adicione autenticação ao meu aplicativo”, o modelo conhece seu aplicativo? Sabe quais tecnologias você deseja utilizar?
Para prompts como esse, é necessário explicitar seus requisitos. Descreva suas necessidades específicas, mencione as melhores práticas desejadas e esteja preparado para iterar novamente com casos de borda e restrições. Ao declarar todos os seus requisitos, você ajuda a garantir que o LLM não negligencie aspectos críticos da sua solicitação.
O prompt engineering é tanto uma arte quanto uma ciência, e você melhorará com a prática. Lembre-se de que ao trabalhar com GitHub Copilot ou qualquer outra ferramenta LLM, você utiliza tokens para dar contexto ao modelo, considerando suas limitações.
Seus prompts devem ser claros, concisos e precisos para os melhores resultados, fornecendo todo o contexto necessário. Divida-os em partes menores se houver múltiplas tarefas a serem realizadas e seja específico sobre seus requisitos para que o modelo compreenda as restrições do que deve fornecer.
Agora é hora de colocar esse conhecimento em prática! Experimente o GitHub Copilot ou outro LLM disponível e comece a refinar seus prompts. Você ficará impressionado com o quanto sua produtividade pode aumentar quando se comunica efetivamente com essas poderosas ferramentas de IA. E lembre-se: a prática leva à perfeição – quanto mais você utilizar essas técnicas, melhor se tornará em extrair exatamente o que deseja das IAs.
Este artigo foi baseado no vídeo abaixo. Se preferir, você pode assistir ao conteúdo original:
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